A estudante Franciele de Souza Franco, 15
anos, aluna do professor Sérgio Rodrigues (Português), foi selecionada para participar da etapa estadual da 4ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro .
A aluna disse que se inspirou pra escrever a
crônica em um fato verídico que aconteceu com ela quando foi comprar um
telefone.
A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro desenvolve ações de formação de
professores com o objetivo de contribuir para a melhoria do ensino da leitura e
escrita nas escolas públicas brasileiras.
A Olimpíada tem caráter bienal e, em anos
pares, realiza um concurso de produção de textos que premia as melhores
produções de alunos de escolas públicas de todo o país.
Uma iniciativa do Ministério da Educação
(MEC) e da Fundação Itaú Social, com coordenação técnica do Cenpec — Centro de
Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária, a Olimpíada
de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro tem como parceiros na execução das
ações o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), a União Nacional
dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime)
e o Canal Futura.
Neste ano de 2014, o programa lança os Cadernos Virtuais, adaptação da Coleção da Olimpíada ao suporte
digital, com linguagem hipertextual e diversos recursos multimídia (áudios,
textos para projeção, vídeos e jogos).
Os 500 alunos e professores semifinalistas são premiados com medalhas de
bronze e coleção de livros. Aos 150 finalistas são entregues medalhas de prata
e aparelhos de som portáteis. Os 15 vencedores na etapa nacional recebem
medalhas de ouro, além de computadores e impressoras. As escolas nas quais
estudam os 15 selecionados são contempladas com laboratórios de informática,
compostos por dez microcomputadores e
uma impressora, além de livros para a biblioteca. Os municípios de
origem dos vencedores recebem selo concedido pelo Ministério da Educação.
A seguir, leia a crônica de Franciele na íntegra:
Alô, alô...testando!
É uma cidade pequena,
seu centro comercial, muito movimentado, principalmente aos sábados pela manhã,
às vezes torna-se ponto de encontro de pessoas que só têm este período da
semana para poder sair às compras. E para ser sincera, é um ótimo exercício de
observação.
Num desses sábados,
passando em frente à loja de aparelho eletrônico, uma senhora que aparentava
ter aproximadamente meio século de vida, escolhia um aparelho de celular.
Depois de observar alguns, ela perguntou a atendente se poderia conferir se o
celular estava funcionando. A atendente, gentil e educada como deve ser toda
atendente, não só concordou com foi auxiliá-la a colocar a bateria no celular.
A senhora ainda perguntou a atendente se ela poderia emprestar-lhe um chip para
o referido teste. Ela discou alguns números, até que finalmente um atendeu. A senhora
era todo sorrisos para a moça do balcão
ao por o aparelho no ouvido e dizer:
_ Alô, filha, desliga
o fogo da panela de pressão e não se esqueça de por o lixo para fora, o
caminhão do lixo passa hoje.
Ao desligar o
celular, na maior naturalidade vira para a atendente e solta esta: _“Muito
obrigada moça, mas no momento não estou com dinheiro para comprar
um
celular, tá? Mas prometo voltar depois para testar outro aparelho.”
A atendente, num
misto de perplexidade e surpresa, sem conseguir fechar a boca e falar qualquer
coisa, vê a senhora se afastar da loja, na maior tranquilidade.