Foi
com muito carinho que a equipe gestora
planejou a reunião de pais que aconteceu dia 30 de março, quarta-feira,
para os pais dos alunos do Ensino Fundamental – 6º ao 9º ano -; e dia 31 de
março, quinta-feira, para os pais dos alunos do Ensino Médio, às 19 horas, na
quadra da escola.
Tivemos
uma significativa representatividade da
família nos dois dias, que atentos ouviram cada assunto tratado.
A diretora Maria de Lourdes
iniciou o encontro dando as boas-vindas aos pais e falando sobre importância da
parceria da escola com a família na formação dos jovens educandos.
A equipe docente também estava
presente e foi apresentada para os pais.
Na quarta-feira, alunos dos 6º
anos, fizeram uma graciosa apresentação da música Ciranda da Bailarina, sob
coordenação da professora Wanusa de Língua Portuguesa.
Na quinta-feira, o show ficou por
conta dos alunos do 2º e 3º anos, que dançaram ao som da música de Sandra de Sá “Olhos Coloridos” (faz parte dos números
artísticos do PROJETO CONSCIÊNCIA NEGRA / ANO DE 2015)
A VICE-DIRETORA Rita
Macedo apresentou vídeo com uma linda mensagem “Limites”, de Monica Monasterio
(Madrid-Espanha)
E com o esforço de abolirmos os abusos do passado…
Somos os pais mais dedicados e compreensivos mas, por outro lado…
Os mais bobos e inseguros que já houve na história.
O grave é que estamos lidando com crianças mais “espertas” do que nós,
ousadas, e mais “poderosas” que nunca!
Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ser,
passamos de um extremo ao outro.
Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais…
E a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos.
Os últimos que tivemos medo dos pais….
E os primeiros que tememos os
filhos.
Os últimos que cresceram sob o mando dos pais…
E os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos.
E, o que é pior…
os últimos que respeitamos nossos pais…
À medida que o permissível substituiu o autoritarismo, os termos das
relações familiares mudou de forma radical…
Para o bem e para o mal.
Com efeito, antes se considerava um bom pai, aquele cujos filhos se
comportavam bem, obedeciam suas ordens, e os tratavam com o devido respeito.
E bons filhos, as crianças que eram formais, e veneravam seus pais, mas à
medida em que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram se desvanecendo…
E são os filhos, quem agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo
de tal maneira que respeitem suas ideias, seus gostos, suas preferências e sua
forma de agir e viver.
E que além disso, que patrocinem no que necessitarem para tal fim.
Quer dizer ; os papéis se
inverteram.
Agora são os pais que têm que agradar a seus filhos para “ganhá-los” e
não o inverso como no passado.
Isto explica o esforço que fazem
tantos pais e mães para serem os melhores amigos e “darem tudo”a seus
filhos.
A debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo…
Aos nos verem tão débeis e perdidos como eles.
Os filhos precisam perceber que durante a infância, estamos à frente de
suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter…
E de guiá-los, enquanto não sabem para onde vão…
É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e
tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem
parâmetros nem destino.
Se o autoritarismo suplanta, o permissível sufoca.
Apenas uma atitude firme, respeitosa, lhes permitirá confiar em nossa
idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à
frente liderando-os…
Os limites abrigam o indivíduo.
Com amor ilimitado e profundo respeito.
Publicado no Portal da Família em
28/01/2008