Queridos professores,
É com muito prazer que venho através dessa carta,
expressar quão especial é o papel de vocês professores na vida de nós jovens,
afinal, passamos grande parte de nossa vida convivendo com vocês, parte essa
que se pode dizer se não a mais importante, de enorme importância em nossa
vida, onde levamos conosco todo aprendizado e exemplo de vida que nos é
proporcionado através de todos os conselhos e exemplos vividos.
Quero, também, por meio dessa, parabenizá-los
pela incrível profissão que escolheram. Eu como aluna tenho que reconhecer que
muitas vezes nós, alunos, não damos o valor que vocês merecem. Sabemos que
educação vem de berço, e o modo como cada família educa seu filho é vasto, por
isso, para muitos, vocês são os únicos capazes de ensinar algo de produtivo nas
nossas vidas. Quero também pedir-lhes
professores que continuem nos observando e nos aconselhando como se fôssemos
seus filhos. Oriente-nos para a vida pois vocês fazem a diferença nas nossas
vidas. Nós sabemos que a responsabilidade de vocês é enorme, por isso perdoem
se ás vezes somos “irracionais” eagimos de maneira a desmotivá-los. Quero
lembrar-lhes que somos jovens e que estamos em constantes mudanças. Pedimos aos
senhores que continuem a levar conhecimentos para todos. Nós alunos precisamos
de vocês professores. Como diz Pitágoras “Educai as crianças, para que não seja
necessário punir os adultos”. Não só a educação familiar, mas a educação que
recebemos na escola é que vai fazer de nós cidadãos úteis à sociedade.
Vocês professores exercem imensa e
indispensável importância em nossas vidas, em nossas escolhas e em nosso
futuro.
Conhecedora dos sentimentos que residem em
nós durante essa fase, escrevo-lhes, como jovem e aluna do Ensino Médio.
Sentimento esse que nos tornam diferentes por querermos mudar o que até então
parecia imutável; por acreditar nessa mudança e fazê-la real. E são vocês
educadores, que despertam isso em nós.
Desde pequenos somos instruídos a ir à
escola, estudar, tirar boas notas e ter bom comportamento. E por algum tempo,
para muitos, a única meta na escola era sentar na carteira e não tirar zero.
Porém, quando entramos para o Ensino Médio nosso pensamento muda, talvez não de
todos, mas da maioria. Sabem os “puxões de orelha” que ouvimos de vocês desde
que entramos para a escola? Passamos a recebê-los de uma forma diferente. Eles
parecem soar mais alto em nossos ouvidos e mais pesados em nossas consciências.
É aí que surge o tal sentimento que descrevi anteriormente. A partir daí
começamos a querer aprender e opinar assuntos que não são ensinados e
discutidos em sala de aula, que poderiam ser. Começamos também a notar pontos
negativos e positivos que não notávamos antes.Percebemos que o sinal indicando
o final da aula,não poderia ser o limite do nosso aprendizado.
Hoje sei que existe muita coisa para ser
modificada e que nem tudo me agrada no ensino. Eu gostaria de aprender e ser
instruída a formar opiniões sobre acontecimentos atuais e polêmicos como a
corrupção, as guerras, os problemas sociais e econômicos do meu país para que o
sentimento de mudança despertado em mim não adormeça.
Vivemos atualmente em um mundo dinâmico onde
a rapidez e a facilidade de informação tem feito com que os jovens desenvolvam
habilidades às vezes incompreendidas pelos professores ao pensarem “na minha
época não tínhamos essas tecnologias de hoje”, o que acaba causando certo
desconforto e incompreensão dos alunos.
Jovem gosta de descontração e assuntos que os
interessam. Conciliar esses fatores com o conteúdo escolar é uma ótima pedida
para tornar o ensino cada vez mais interessante. Assim como atividades extra
escolares, passeios e viagens, divertindo sem perder a essência do aprendizado.
Deve-se levar também em consideração toda
turbulência de informações que o jovem vive no Ensino Médio, onde tem a difícil
tarefa de se posicionar diante de sua vida profissional, o que causa enorme
preocupação, e muitas vezes desespero! A escola tem papel importante de passar
segurança necessária na assessoria dessa decisão, e o professor deve ter a
sensibilidade de perceber essa situação e incentivar a pesquisa e procura pelo
dom e gosto de cada um.
O jovem gosta de defender suas idéias e
opiniões (vê se pode! Estão só começando a viver...) motivo de vários debates e
desentendimentos entre professores e alunos, mas nem sempre é ruim, pois os
professores aprendem coisas novas e
passam a conhecer mais o aluno, e ele se sente mais confiante, mostram que
estão amadurecendo.
Nessa fase os jovens estão começando a
desenvolver suas habilidades, descobrir talentos e qualidades. Muitas coisas
acontecem com os jovens e passam na mente deles deixando-os confusos. É no
Ensino Médio que devem escolher uma profissão sem ter certeza do que seguir.
Vários fazem algum curso técnico ou profissionalizante o que os mantêm ainda
mais ocupados e com mais trabalhos, provas e compromissos. Alguns já trabalham
e vários têm problemas em casa. Com isso tudo ainda não deixam de curtir mesmo
com essa vida corrida e agitada.
Com os professores não é diferente,
normalmente trabalham em dois ou três turnos por dia, cuida da família, planeja
aulas.
Assim, já deu pra imaginar essa relação entre
professores e alunos todas as manhãs de segunda a sexta, ao longo de um ano.
Impossível uma relação perfeita e coerente.
Mentes diferentes, situações contrárias os
professores exercendo sua profissão, trabalhando e alunos buscando uma, porém
sem terem certeza.
Quem sabe um pouco de compreensão de ambas as
partes resolve o problema?
Devo a vocês minha gratidão, apreço e
admiração, por eu ter essa vontade de fazer diferente, por terem me acordado do
sono profundo do comodismo. A esperança e a confiança que depositam em cada
aluno nos dá coragem para lutar pelo que acreditamos e sonhamos. E é isso que
faz do Ensino Médio a fase mais decisiva de nossas vidas.
Encerro assim, agradecendo por toda
contribuição de vocês professores em nossa vida, e pedindo que sejam
compreensíveis e estejam abertos às mudanças propostas, pois como muitos de
vocês mesmo dizem: conhecimento nunca é demais.
Um enorme abraço,
LAURA COSTA SILVA – 3º no 03
BÁRBARA MAGRI – 3º ano 01
LETÍCIA SOUZA SILVA – 3º ano 01
THAÍS RAIANE – 3º ano 04
ANA LUIZA – 3º ano 01
INTERPRETAÇÃO/LEITURA: MARIANA – 3º ano 02