1 de setembro de 2014

Carta dos alunos

Queridos professores,

É com muito prazer que venho através dessa carta, expressar quão especial é o papel de vocês professores na vida de nós jovens, afinal, passamos grande parte de nossa vida convivendo com vocês, parte essa que se pode dizer se não a mais importante, de enorme importância em nossa vida, onde levamos conosco todo aprendizado e exemplo de vida que nos é proporcionado através de todos os conselhos e exemplos vividos.

Quero, também, por meio dessa, parabenizá-los pela incrível profissão que escolheram. Eu como aluna tenho que reconhecer que muitas vezes nós, alunos, não damos o valor que vocês merecem. Sabemos que educação vem de berço, e o modo como cada família educa seu filho é vasto, por isso, para muitos, vocês são os únicos capazes de ensinar algo de produtivo nas nossas vidas. Quero também  pedir-lhes professores que continuem nos observando e nos aconselhando como se fôssemos seus filhos. Oriente-nos para a vida pois vocês fazem a diferença nas nossas vidas. Nós sabemos que a responsabilidade de vocês é enorme, por isso perdoem se ás vezes somos “irracionais” eagimos de maneira a desmotivá-los. Quero lembrar-lhes que somos jovens e que estamos em constantes mudanças. Pedimos aos senhores que continuem a levar conhecimentos para todos. Nós alunos precisamos de vocês professores. Como diz Pitágoras “Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos”. Não só a educação familiar, mas a educação que recebemos na escola é que vai fazer de nós cidadãos úteis  à sociedade.

Vocês professores exercem imensa e indispensável importância em nossas vidas, em nossas escolhas e em nosso futuro.

Conhecedora dos sentimentos que residem em nós durante essa fase, escrevo-lhes, como jovem e aluna do Ensino Médio. Sentimento esse que nos tornam diferentes por querermos mudar o que até então parecia imutável; por acreditar nessa mudança e fazê-la real. E são vocês educadores, que despertam isso em nós.

Desde pequenos somos instruídos a ir à escola, estudar, tirar boas notas e ter bom comportamento. E por algum tempo, para muitos, a única meta na escola era sentar na carteira e não tirar zero. Porém, quando entramos para o Ensino Médio nosso pensamento muda, talvez não de todos, mas da maioria. Sabem os “puxões de orelha” que ouvimos de vocês desde que entramos para a escola? Passamos a recebê-los de uma forma diferente. Eles parecem soar mais alto em nossos ouvidos e mais pesados em nossas consciências. É aí que surge o tal sentimento que descrevi anteriormente. A partir daí começamos a querer aprender e opinar assuntos que não são ensinados e discutidos em sala de aula, que poderiam ser. Começamos também a notar pontos negativos e positivos que não notávamos antes.Percebemos que o sinal indicando o final da aula,não poderia ser o limite do nosso aprendizado.

Hoje sei que existe muita coisa para ser modificada e que nem tudo me agrada no ensino. Eu gostaria de aprender e ser instruída a formar opiniões sobre acontecimentos atuais e polêmicos como a corrupção, as guerras, os problemas sociais e econômicos do meu país para que o sentimento de mudança despertado em mim não adormeça.

Vivemos atualmente em um mundo dinâmico onde a rapidez e a facilidade de informação tem feito com que os jovens desenvolvam habilidades às vezes incompreendidas pelos professores ao pensarem “na minha época não tínhamos essas tecnologias de hoje”, o que acaba causando certo desconforto e incompreensão dos alunos.

Jovem gosta de descontração e assuntos que os interessam. Conciliar esses fatores com o conteúdo escolar é uma ótima pedida para tornar o ensino cada vez mais interessante. Assim como atividades extra escolares, passeios e viagens, divertindo sem perder a essência do aprendizado.

Deve-se levar também em consideração toda turbulência de informações que o jovem vive no Ensino Médio, onde tem a difícil tarefa de se posicionar diante de sua vida profissional, o que causa enorme preocupação, e muitas vezes desespero! A escola tem papel importante de passar segurança necessária na assessoria dessa decisão, e o professor deve ter a sensibilidade de perceber essa situação e incentivar a pesquisa e procura pelo dom e gosto de cada um.

O jovem gosta de defender suas idéias e opiniões (vê se pode! Estão só começando a viver...) motivo de vários debates e desentendimentos entre professores e alunos, mas nem sempre é ruim, pois os professores  aprendem coisas novas e passam a conhecer mais o aluno, e ele se sente mais confiante, mostram que estão amadurecendo.

Nessa fase os jovens estão começando a desenvolver suas habilidades, descobrir talentos e qualidades. Muitas coisas acontecem com os jovens e passam na mente deles deixando-os confusos. É no Ensino Médio que devem escolher uma profissão sem ter certeza do que seguir. Vários fazem algum curso técnico ou profissionalizante o que os mantêm ainda mais ocupados e com mais trabalhos, provas e compromissos. Alguns já trabalham e vários têm problemas em casa. Com isso tudo ainda não deixam de curtir mesmo com essa vida corrida e agitada. 

Com os professores não é diferente, normalmente trabalham em dois ou três turnos por dia, cuida da família, planeja aulas.

Assim, já deu pra imaginar essa relação entre professores e alunos todas as manhãs de segunda a sexta, ao longo de um ano. Impossível uma relação perfeita e coerente.
Mentes diferentes, situações contrárias os professores exercendo sua profissão, trabalhando e alunos buscando uma, porém sem terem certeza.

Quem sabe um pouco de compreensão de ambas as partes resolve o problema?

Devo a vocês minha gratidão, apreço e admiração, por eu ter essa vontade de fazer diferente, por terem me acordado do sono profundo do comodismo. A esperança e a confiança que depositam em cada aluno nos dá coragem para lutar pelo que acreditamos e sonhamos. E é isso que faz do Ensino Médio a fase mais decisiva de nossas vidas.

Encerro assim, agradecendo por toda contribuição de vocês professores em nossa vida, e pedindo que sejam compreensíveis e estejam abertos às mudanças propostas, pois como muitos de vocês mesmo dizem: conhecimento nunca é demais.

Um enorme abraço,

LAURA COSTA SILVA – 3º no 03
BÁRBARA MAGRI – 3º ano 01
LETÍCIA SOUZA SILVA – 3º ano 01
THAÍS RAIANE – 3º ano 04
ANA LUIZA – 3º ano 01

INTERPRETAÇÃO/LEITURA: MARIANA – 3º ano 02